Aí você planeja, ou não, ter uma cria e faz o exame mais cabuloso da sua vida: aquele que vai te mudar completamente, você só ainda não sabe. O exame que te faz ver um filme que já foi reprisado em outras situações não tão definitivas e a imaginar um futuro muitas vezes utópico durante aqueles 5 minutos que espera pelo resultado.
Tá lá: POSITIVO! Naquele palitinho com duas marquinhas rosa, no qual você grosseiramente acabou de urinar, agora mora seu futuro. Aliás, que bela maneira de descobrir que está gerando uma vida, não?!
Eu aposto que, mesmo para as mães que planejam, esse seja um momento onde a gente não tem certeza do que sente. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos e sensações toma conta do nosso ser (Seriam já os hormônios bagunçando tudo?). É uma mistura de euforia, ansiedade, alegria, medo, felicidade, desespero… Isso tudo junto e misturado e você tem a intuitivamente certeza de que dali por diante você vai viver pra outro ser e esse será, sem dúvidas, o amor da sua vida.
O que a gente ainda não sabe nesse ponto é que não só a gestação, mas tudo o que vem por aí é bem mais desafiador do que a gente vê nos filmes.
Tão controverso quanto o turbilhão de sensações, que vão de uma alegria contagiante a uma incerteza absurda em segundos, é o gestar. Carregar uma criança no ventre poder ser descrito como mágico e é. Só que as vezes o mágico é meio amador. No começo a gente doooooooooorme, muito, se escora mesmo a cada oportunidade. Como se não bastasse, ainda há as que vomitam mais que a menina do exorcista em todos os filmes da série. Algo muito delicioso, só que não meeeesmo. No decorrer dos meses há dores, falta de ar, azia acompanhada de um belo refluxo, vontade de fazer xixi O TEMPO TODO, dificuldade para sentar, levantar, comer, dormir e por aí vai… Mas, estamos gerando uma vida e, de fato, não há nada mais mágico que isso.
Enquanto isso acontece, a gente lida com um monte de hormônio surtado e com o fato de que esse momento é solitário, único e nada do que sentimos e compartilhamos é exatamente igual a outra mãe ou faz sentido a outras pessoas. No fundo toda mãe sabe, mas ainda assim, é diferente!
A gente atravessa esse período com a esperança de que a nossa cria vai nascer bem e vai trazer só alegria e evolução e esse é mais um tópico que dá muito pano pra manga pra uma nova crônica!
Agora deixa eu correr ali, porque meu filho tá sentado ao lado de fora do meu escritório me chamando! Mãe, né?!
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