Que a gestação é rodeada de romantismo você já deve ter ouvido, mas existem coisas que colocam a mãe num processo interno conflitante ruim pra ela e pro bebê.
Esse processo de que assim que a mãe descobre a gravidez já sente amor de mãe, do meu ponto de vista e experiência, é uma enorme falácia. O amor, vai de fato crescendo, mas é um “amor” diferente. É muito comum as pessoas ao redor dizerem à mãe que já amam um ser que na cabeça dela pode ainda ser só uma “ideia” e isso nos faz sentir como se algo tivesse errado com a gente. Tão comum quanto, é ver mães que acabaram de se descobrir grávidas dizendo aos quatro ventos que já amam suas crias profundamente. Inclusive já fui dessas, postava nas redes um amor que não representava o amor que sinto hoje e falava desse amor mais pra que as pessoas não me julgassem do que qualquer outra coisa.
Inclusive, preciso dizer que não é fácil associar amor a um processo onde você sente náuseas, vomita horrores, tem dores em lugares que você nem sabia que existia, refluxo e por aí vai. Só hormônio salva!
Me lembro de, quando grávida do meu primeiro filho, Björn, sentir vergonha de dizer às pessoas que não me sentia mãe e que não sentia esse amor todo, mesmo que estivesse com um barrigão de 7 meses e muitas vezes me sentia culpada e fora de contexto, me achando uma péssima mãe.
Imagina?! Nem mãe era ainda.
Agora, quando vi meu bebê pela primeira vez o amor veio de supetão. Constatei que nasce mesmo a mãe e o amor de mãe assim que a gente segura a cria no colo, sente o cheiro, segura a mãezinha…
Hoje, já nos finalmente da minha segunda gestação, falo disso de forma mais natural e principalmente sem culpa. Claro que por já conhecer o amor de mãe o sentimento da primeira gestação pra essa é diferente, mas eu tenho a plena certeza que amor, amor mesmo, só será quando ela, minha pequena Brida, estiver aqui do lado de fora, com todo seu charme nos encantando e completando nossa família!!